Amo quem eu sou quando estou com você.
Essa frase pode até me fazer parecer alguém sem personalidade ou com problemas de apego emocional, mas a verdade é que nossas loucuras combinam. A gente se completa, não como duas metades ansiando por um todo, mas como galáxias inteiras compondo um universo.
Não existem limites para o que podemos alcançar juntos. Somos potências: você habilidoso com números, lógica, minúcia, referências históricas, filosóficas, capaz de enxergar soluções para problemas complexos.
Eu com acolhimento, gentileza, uma sensibilidade quase sobrenatural para identificar intenções, corações quebrados e traduzir sentimentos em palavras.
Somos diferentes, mas ao mesmo tempo tão iguais. A vida não pegou lá muito leve conosco, enfrentamos amores difíceis, sofremos com falta de apoio e suporte de onde deveria ser nossa base. Fomos calejados e nos tornamos quase que aversos aos toques verdadeiros, ternos. Já dizia um escritor do qual não me recordo o nome: quando se está machucado, até carinho dói.
Mas depois de uma noite improvável, regada com alguns drinks e petiscos, muitas risadas, algumas lágrimas e identificação, o inevitável aconteceu: nos seus olhos eu encontrei pertencimento. De lá pra cá, muita coisa aconteceu: amor, promessas, sonhos de futuro, beijos e mais beijos, parceria, viagens, medo, insegurança, saudade, descobertas, falhas de comunicação, tristeza, choro e fim.
Não sei dizer ao certo se o fim é realmente o final. Hoje escrevo como uma galáxia que já não faz mais parte do mesmo universo que você. A esperança, que teima em dar as caras vez ou outra, me diz que encontro de almas como o nosso, não acontece por acaso e muito menos termina de maneira abrupta. Que esse foi apenas um capítulo, pra que a gente pudesse aprender a ser melhor um para o outro.
Ao mesmo tempo em que quero acreditar, já que sou uma romântica incurável, também tento não alimentar falsas expectativas. Mas toda noite, quando eu fecho meus olhos, inevitavelmente me deparo com os seus.
Que texto perfeito 🥹